O que nos faz tornarmos adultos? Porque não mais choramos por qualquer coisa? Porque nosso corpo se desenvolveu física
e psiquicamente? Porque deixamos de acreditar
em fantasias? Por entendermos melhor o
mundo? Porque pensamos duas vezes antes de
fazermos algo?
Nossos choros já não são breves, e as causas deles já não são mais
os brinquedos quebrados. Metaforicamente
nos tornamos brinquedos para algumas pessoas. E isso dói! E essa dor não se vai com as
lágrimas, mas ficam dentro de nós sem que, necessariamente, lágrimas riachem
sobre nosso rosto!
Percebemos que nosso corpo não é tão resistente,
pois seres microscópicos são capazes de nos destruir em pouco tempo. E de que adianta uma mente mais desenvolvida quando as utilizamos para
maltratar, julgar e/ou se vingar de alguém?
Não acreditamos no “felizes para sempre” dos contos infantis,
mas ainda botamos fé na democracia, num mundo justo, na igualdade social, no
comunismo. Sonhamos
com um mundo sem guerras, sem maldade, repleto de paz... Será que isso não
é uma fantasia?
Foi-se o tempo em que o nosso mundo era o nosso bairro, como uma
extensão de nossa casa, e quando viajamos pra algum lugar era como estivéssemos
sido transportado para outro planeta, estranho. Hoje nosso
mundo é uma cadeira postada em frente do computador. E ainda nos
gabamos estarmos conectado com o mundo... Quanta
inocência!
Nós adultos estamos constantemente negando sermos criança. Vemos nossa infância como um
estágio superado. Agir como criança é o
mesmo que sermos inconvenientes. Quem nunca,
depois de uma brincadeira, não ouviu de outro adulto: “Deixe de criancice!”.
Sejamos mais criança! Sem medo de
viver, sem pensar no amanhã. Se alegrar com um algodão doce, correr na chuva,
subir em árvores, fazer algo duas vezes antes de pensar, enfim, fazer coisas
sem se preocupar em pagar um belo mico. Ser
criança é isso mesmo: NÃO
TER VERGONHA DE VIVER!
Esta é
uma homenagem a todas as crianças, as infantis e as adultas, que enxergam a
vida mais simples por simplesmente vivê-la.
Paulo
Hipólito
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