quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Medo x Amor


Ah, o medo! Ele se encontra em cada situação, fazendo-nos incompletos e incapazes. Eita medo danado! Sempre nos aliciando a desistir. A desistir dos nossos sonhos, dos nossos amores. Ele alarga o abismo entre o nosso querer e o conseguir ter, ser ou fazer.

O amor é tão simples, mas o medo o torna tão complicado, incompreensível. Não se ama medrosamente, pois o medo é sempre um pé atrás, um ponto de interrogação no final do texto, que compromete toda a história, pondo-a em dúvida.

O amor é um se entregar-se. Um ir sem volta. Um passo a frente com os dois pés, sem medo de cair; um atirar-se no abismo, pois é incontestável a certeza de que do outro lado estará quem amamos para nos segurar.
 
O amor é sempre único. Já o medo é múltiplo. Quem teme voar, teme cair; quem teme sonhar, teme ter pesadelos, teme se assustar; quem teme amar, teme sofrer, teme machucar... Mas quem ama... Quem ama pode amar por vários motivos, inexplicáveis até, mas esse amor será sempre único. O verdadeiro amor não requer muitos motivos. Ama-se pelo simples fato da pessoa amada existir.


Paulo Hipólito