segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Vale a Pena Esperar...





Uma pessoa que diga que te ama, mesmo que só em gestos e atitudes...

Uma pessoa capaz de mudar por você, só para não te perder...

Uma pessoa que te escreve coisas lindas do seu jeito, ao seu modo...

Uma pessoa que te deixa livre a escolher, mesmo sendo ela a escolhida...

Uma pessoa que guarda seu problema para te dá atenção, mesmo seu problema sendo sem importância...

Uma pessoa que se mostra do jeito que é, sem esconder nada, mesmo que seus defeitos ameacem de te perder...

Uma pessoa que sonha em ter filhos, morar juntos, ser feliz, mesmo sem noção nenhuma do futuro...

Uma pessoa que se orgulha de você e te deixa livre para buscar seus sonhos...

Uma pessoa que deseja ficar com você mesmo sendo de personalidade diferente, de objetivos diferentes, de área diferente...

Enfim... Vale a pena esperar uma pessoa que deseja passar a vida inteira ao seu lado.



Paulo Hipólito


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sou como uma cortina de fumaça





Nossos mundos não se correspondem. Sua realidade está a quilômetros de distancia da minha. Mas pela minha teimosia de continuar sonhando, sofro com a impossibilidade do amor. Você não me prometeu nada, mas decidi me iludir por conta própria. Hoje me sinto um nada, uma figura imaginada, uma cortina de fumaça.

Penso que minha existência só ocorre em seus pensamentos, como uma silenciosa habitante de suas fantasias; como uma névoa que condensa as manhãs, e que se dissolve com os primeiros raios de sol; como uma lembrança repentina, uma reminiscência, que é e deixa de ser em fração de segundos.

Não faço parte de sua realidade. Estar nela independe de mim. No teatro de sua vida sou a cortina, que deixa o palco a cada cena para que a trama aconteça. Sou como a cortina que ninguém quer saber dela, porque algo melhor é esperado – o espetáculo. Sou leve e sensível. Sou como uma cortina de fumaça. 



Paulo Hipólito
 



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Singularidades





Singularidades. Apesar da extensão da palavra, representam pequenos gestos, feições e atitudes que marcam nosso coração e nossa alma, a ponto de serem decisivas numa paixão. São jargões, jeito de sorrir, expressões faciais, um cheiro, um comportamento, uma mania... Todas essas coisas determinam a quem queremos manter distância ou a quem entregaremos os motivos dos nossos sorrisos bobos.

Nossa mente absorve as singularidades das pessoas silenciosamente, de forma imperceptível, por isso que, muitas vezes, não conseguimos explicar o que sentimos por alguém. As singularidades nos desarmam, desfazem as muralhas que protegem o coração da gente, liberando o acesso para que a pessoa amada se apodere dele – não é a toa que dizemos que a pessoa a quem amamos nos roubou o coração.

Quem disse que não se pode explicar o amor? Ama-se pelas singularidades, e através delas. São elas que transformam a pessoa num ser único e passível de ser amado.



Paulo Hipólito