terça-feira, 11 de setembro de 2012

Singularidades





Singularidades. Apesar da extensão da palavra, representam pequenos gestos, feições e atitudes que marcam nosso coração e nossa alma, a ponto de serem decisivas numa paixão. São jargões, jeito de sorrir, expressões faciais, um cheiro, um comportamento, uma mania... Todas essas coisas determinam a quem queremos manter distância ou a quem entregaremos os motivos dos nossos sorrisos bobos.

Nossa mente absorve as singularidades das pessoas silenciosamente, de forma imperceptível, por isso que, muitas vezes, não conseguimos explicar o que sentimos por alguém. As singularidades nos desarmam, desfazem as muralhas que protegem o coração da gente, liberando o acesso para que a pessoa amada se apodere dele – não é a toa que dizemos que a pessoa a quem amamos nos roubou o coração.

Quem disse que não se pode explicar o amor? Ama-se pelas singularidades, e através delas. São elas que transformam a pessoa num ser único e passível de ser amado.



Paulo Hipólito