Singularidades. Apesar da extensão da palavra, representam
pequenos gestos, feições e atitudes que marcam nosso coração e nossa alma, a
ponto de serem decisivas numa paixão. São jargões, jeito de sorrir, expressões
faciais, um cheiro, um comportamento, uma mania... Todas essas coisas
determinam a quem queremos manter distância ou a quem entregaremos os motivos
dos nossos sorrisos bobos.
Nossa mente absorve as singularidades das pessoas silenciosamente,
de forma imperceptível, por isso que, muitas vezes, não conseguimos explicar o
que sentimos por alguém. As singularidades nos desarmam, desfazem as muralhas
que protegem o coração da gente, liberando o acesso para que a pessoa amada se
apodere dele – não é a toa que dizemos que a pessoa a quem amamos nos roubou o
coração.
Quem disse que não se pode explicar o amor? Ama-se pelas
singularidades, e através delas. São elas que transformam a pessoa num ser
único e passível de ser amado.
Paulo Hipólito
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