sexta-feira, 19 de agosto de 2011

À minha querida Clio




Casei-me com Clio desde o primeiro encontro que tive com ela, e não nos separamos mais.
Ela é minha fonte de saber; meu cabedal de contradições. Clio é muito complicada, paradoxal. É difícil conviver com uma pessoa assim. Ela já me traiu várias vezes. Fez-me acreditar em muitas “verdades” que, com o passar do tempo, simplesmente se esfacelaram no espaço. Fez-me desacreditar e desmistificar os “grandes homens” que eu tinha como exemplos, os meus “herois” que eu tanto admirava e meus “ídolos” que tanto exaltava. Fez-me duvidar das boas vontades e das lindas palavras. Ela abalou as estruturas de minhas velhas crenças e sentimentos, fazendo-me hostil em muitas práticas...
Com tudo isso, apesar de todas as desilusões, ainda continuo amando Clio. Por mais que eu tente desprezá-la, é a ela que me recorro sempre que as dúvidas aparecem. E é tentando entendê-la que me compreendo e compreendo o mundo a minha volta, pois é nos braços de Clio que encontro a minha singular existência.
Mas minha Clio não é só minha. Ela possui inúmeros (as) amantes no mundo inteiro. Ciúmes? Não tenho! Pois é por causa desses (as) inúmeros (as) amantes que a minha Clio se mantém sempre Nova e bela!

A todos e a todas AMANTES de Clio, os meus sinceros parabéns!!!


Paulo Hipólito

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